Para a África, o epicentro mundial do flagelo de malária, uma revolução tanto no campo da saúde como da economia está ao alcance das mãos. A combinação entre novas tecnologias, métodos de controle de doenças e uma consciência maior da população podem reduzir a percentagem de mortes por malária em até 90% ou mais, se a tendência continuar.
Devido aos ciclos de vida do patógeno e do mosquito, é necessária uma temperatura ambiente de pelo menos 18ºC para a transmissão. Temperaturas mais altas aumentam as chances de transmissão, é por isso que a malária é considerada uma doença tropical. A extensão do contágio é determinada pela abundância de mosquitos, pela temperatura ambiente e pela propensão de determinadas espécies de Anopheles de picar humanos em vez de animais. A ecologia africana contribui mais para esses três factores de transmissão que qualquer outro local no mundo.
As iniciativas para tentar controlar e eliminar a malária em várias regiões de clima temperado e subtropical entre os anos 50 e 60 usaram com sucesso o insecticida DDT, assim como o medicamento cloroquina. No entanto, a malária persiste nos trópicos, principalmente na África, onde a intensidade de transmissão da doença é a maior do mundo devido a razões ecológicas. A África paga um alto preço pelo fardo da malária, não apenas por mais de um milhão de mortes anuais, mas também pela significativa redução do crescimento económico.
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