
Àfrica, um continente que reúne condições altamente desfavoráveis.
29 dos 36 países mais pobres do mundo estão ao sul do Saara, uma região onde o PNB anual gira em torno dos 300 dólares per capita, enquanto a renda média anual dos países mais desenvolvidos do mundo ultrapassa 10 mil.
Ao norte a situação é um pouco melhor e na áfrica do Sul há uma comunidade relativamente próspera, mas de um modo geral, o quadro é bastante sombrio.
As taxas de mortalidade infantil são as maiores do mundo e o continente tem sido devastado pela seca e pela fome, como já temos visto no decorrer do Mega Arquivo.
A ONU inclui a saúde e a alimentação entre os direitos básicos do ser humano.
No entanto, passado meio século da criação da ONU, existem ainda enormes disparidades entre as condições dos países mais desenvolvidos e dos menos. 75% da população mundial vivem em países subdesenvolvidos e esse enorme contingente só tem acesso a 6% dos gastos mundiais com saúde.
A expectativa de vida no continente africano é de 48,6 anos, a menor do mundo. O percentual de africanos que vivem em pobreza absoluta aumentou de 82% em 1974 para 91% em 1982. Todo ano, 1,5 milhão de hectares são engolidos pelo Saara, além das doenças endêmicas transmitidas por moscas.
A produção de alimentos não consegue acompanhar o crescimento da população e o continente precisa importar anualmente 20 milhões de toneladas de cereais.
Além das doenças tropicais, a África enfrenta outras doenças típicas de climas mais temperados.
A malária mata quase 1 milhão de africanos por ano; 200 milhões estão infectados pela esquistossomose; há 5 milhões de leprosos, 1/3 da população está infestada de vermes e a anemia é tão comum que a taxa média de hemoglobina de seus habitantes é 15% menor que dos europeus.
Mas tais dados apenas oferecem uma visão parcial das condições de saúde, a lista de doenças no continente é interminável. Deslocados pela seca, crianças e velhos perdem a esperança e ficam praticamente reduzidos a inanição, na imundície de abrigos improvisados.
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